Aqui estou eu, como sempre sozinha, fechada num jardim a ouvir a melodia das árvores, a sentir o vento na minha cara e a tentar pensar. A minha mente rende-se e esvazia-se, ocupa-se, dentro dela, uma enorme melancolia que me ataca o corpo todo. Sentada num pequeno banco de ferro, todo revestido com tinta branca e um assento desconfortável de madeira, encontro-me a escrever. O papel é o meu único amigo, nele posso descarregar tudo, sem que se ofenda.
Sinto o sol a escaldar-me a pele, embora o vento gélido me ultrapasse, o sol mantém-me sempre quente e confortável. O calor aquece-me apenas o corpo, pois a alma continua a mesma de sempre: forte, abatida e rígida.
Consigo observar os buracos no chão, a terra dividiu-se, porque não aguenta com mais pressão. Ao dividir-se, perdeu pedaços; pedaços que nunca ninguém conseguirá juntar. Pedaços esquecidos e insignificantes para toda a gente, mas é ela que fica sem eles. Ninguém consegue sentir a falta dessas pequenas porções de terra tão bem quanto ela.
E as pessoas continuam as suas belas vidas, vidas monótonas e sem sentido, vidas injustas e cruéis. A nossa terra permanece a mesma, sempre com os mesmos buracos no chão de um jardim qualquer.
13 commenti:
muito obrigada!
claro que podes, segui o teu!
muito obriga :D
muito obrigada minha querida. vou-te seguir*
querida, para seguires o meu blog tens que o descer todo e , junto dos seguidores ires onde diz "aderir a este site". caso contrário não ficas seguidora :)
Que texto maravilhoso.
Beijinho*
muito obrigada (:
segui de volta*
Adorei!!
Adorei ;)
Gostei muito do texto =)
você tem jeito, pá :D
r: eu entendi porque gosto de estar sozinha e também gosto de gostar de estar sozinha xD
Que belo texto! :o
Beijinho*
Que belo texto! :o
Beijinho*
amei !
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